Hoje no Brasil é comemorado o Dia da Escola! Que dia! Parabéns às instituições e aos educadores!
Me impressiono (e me divirto demais!) em vários dias na semana quando converso com minha filha de 6 anos em seu retorno da escola.
Além da quantidade de novos aprendizados diários, ela possui uma enorme habilidade em fazer diversas associações com assuntos que estão FORA da escola. E isso me interessa!
Nessa semana, ela em um dos seus momentos “mãe, por que....?”, eu respondi “menina, você está uma máquina de fazer perguntas hoje”. Ela, em sua plenitude, respondeu “ué mãe, eu sou uma criança curiosa!”.
Como é possível uma cabeça, em plena formação, ser capaz de permanecer em constante atividade e, o mais interessante, de forma prazerosa?
Outra característica que percebo é o interesse que ela possui em compartilhar seus aprendizados: não basta aprender, ela quer demonstrar (não apenas validar) o que assimilou.
Há ainda uma certa ansiedade em saber: “quando irei aprender a somar? e a escrever como você?”...os questionamentos antecipados não param.
Como nós adultos podemos nos referenciar nas crianças em nosso processo de aprendizagem, em nosso #lifelong learning?
De que forma as empresas, assim como foram as escolas em nossas vidas, devem se posicionar na educação corporativa dos profissionais?
Muito tem se falado em como construir (ou repensar) uma Cultura de Aprendizagem nas empresas ou como estimularmos os profissionais a serem autodirigidos, e que possuem uma habilidade em estruturar sua própria forma de aprender e quais os temas desejam para os próximos meses.
Os RHs têm se questionado sobre qual seu papel em meio a tudo isso: em um cenário onde há uma necessidade constante das empresas em se manterem competitivas, algo que só acontecerá se seus colaboradores estiverem setados para trazer os resultados desejados; e, ao mesmo tempo, com uma enorme oferta de fontes de aprendizagem, seja via: as ações de desenvolvimento do RH, internet, cursos gratuitos em todos os cantos, as redes que os profissionais criam entre si, livros, graduações, etc..Muitas são as vezes que até nos perdemos por onde começar a aprender sobre algo (confesso que talvez seja a maioria delas).
A liderança fica com aquela famosa dúvida existencial: sabe que precisa liberar seu time para aprender, discutir ideias, decantar, colocar em prática, errar, testar novamente, mas, no paralelo, precisa administrar sua operação e entregas.
São bons dilemas e discussões que dariam ótimos bate-papos com café, claro.
Eu, assim como minha filha de 6 anos, tenho usado algumas táticas para o meu processo de aprendizagem:
Me mantenho curiosa e busco não “entrar” em reuniões e afins carregando minhas especializações e repertórios cognitivos: acho que sempre é possível ouvir algo pela 1ª vez, mesmo quando achamos que já sabemos – é duvidar do que já sabe;
Saio salvando e anotando tudo o que me interessa e, aos poucos, vou me aprofundando. Tenho o cuidado de refletir “esse tema é demais, mas será que agora é o momento?”. Porque senão, saio abrindo “várias caixinhas” e não concluo nada;
Converso com pessoas/profissionais diferentes e crio minhas redes;
Me dedico a criar associações dos novos aprendizados com os que já possuo: ao longo da vida, acredito que não desconstruímos nada, sou do grupo que acho que ampliamos visões ou a modificamos, mas nada é “jogado fora”;
Tenho interesse genuíno em ouvir de tudo. E conversar com profissionais mais experientes, mais novos, sem priorizar um ou outro por conta de idade, função, ou qualquer outro atributo.
E vocês? Como se mantêm aprendendo e curtindo tudo isso?
Abraços,
Giovana Calenzani.
Head de Desenvolvimento Humano Organizacional na Arax